A Organização Mundial de Saúde declarou que o vírus do coronavírus é uma pandemia, cujo termo é usado para descrever uma situação em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas ao redor do mundo simultaneamente.
Como reflexo mundial do coronavírus no futebol, vários campeonatos foram suspensos no mundo e outros optaram por realizar as partidas com os portões fechados. Neste final de semana, a CBF suspendeu a realização de todas as suas competições que estão em andamento por tempo indeterminado. São elas: Copa do Brasil, Campeonatos Femininos A1 e A2, Campeonato Brasileiro Sub-17 e Copa do Brasil Sub-20.
Em relação aos campeonatos regionais, as federações estaduais de futebol terão deliberações específicas para cada competição, sendo respeitada a sua autonomia local. Em entrevista concedida pelo presidente da FGF, André Pitta, ele manifestou contrário à paralisação do campeonato goiano de futebol profissional, sendo acompanhado por alguns clubes. Uma reunião será realizada esta semana para a definição sobre o tema.
Pois bem.
A Constituição Federal do Brasil traz que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Neste caso, uma das formas de prevenção ao coronavírus é o isolamento e a menor aglomeração possível de pessoas. Não há como distinguir o atleta profissional, comissão técnica e dirigentes dos clubes, dos demais integrantes da sociedade civil. Todos estão sujeitos à contaminação. Aliás, há uma violação aos direitos e garantias fundamentais de tais cidadãos, pois todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Logo, por isonomia, o correto seria a não realização das partidas e, inclusive, suspensão dos treinamentos enquanto o coronavírus estiver no statusde pandemia.
Nenhum outro argumento econômico, financeiro e logístico pode superar a saúde do ser humano. Faltas de datas para remarcações de partidas, prejuízos nas arrecadações dos clubes ou mesmo impossibilidade de finalizar o campeonato em momento posterior, nada disso é maior do que a vida e bem-estar. Não podemos fechar os olhos à dura realidade mundial. Pelos estudos já divulgados, o Brasil iniciará agora o seu maior ciclo de contaminação. Toda prudência e cautela são necessárias. Aliás, o interesse coletivo sempre deverá prevalecer sobre o particular. Que assim seja, pela suspensão do campeonato goiano de futebol.